Reflexão: A Importância da Escolha

“Existe uma força motriz mais poderosa que o vapor, a eletricidade e a energia atômica: a vontade.” – Albert Einsten

A Lenda Egípcia do Peixinho Vermelho

Na introdução do Livro Libertação, Emmanuel (psicografia de Chico Xavier) nos conta a estória (lenda egípcia) do Peixinho vermelho a qual contaremos ao sabor das emoções do Dragon.


No centro de um formoso jardim, havia um grande lago, adornado de ladrilhos azul-turquesa.

Alimentado por diminuto canal de pedra, escoava suas águas, do outro lado, através de uma grade muito estreita.

Nesse reduto acolhedor, vivia toda uma comunidade de peixes, a se refestelarem, nédios e satisfeitos, em complicadas locas, frescas e sombrias. Elegeram um dos concidadãos de barbatanas para os encargos de rei, e ali viviam, plenamente despreocupados, entre a gula e a preguiça.

Junto deles, porém, havia um peixinho vermelho, o mais menosprezado de todos. Ele não conseguia pescar sequer a mais leve larva, nem refugiar-se nos nichos barrentos. Os outros, vorazes e gordalhudos, arrebatavam para si todas as formas larvárias e ocupavam, displicentes, todos os lugares consagrados ao descanso.

Não encontrando pouso no vastíssimo domicílio, o pobrezinho não dispunha de tempo para muito lazer e começou a estudar sobre outras alternativas com bastante interesse… e, após muito estudo e trabalho, encontrou a grade do escoadouro. E nesse momento, surgiu a grande oportunidade de mudança e juntamente surgiram muitas interrogações pipocando dentro da sua cabecinha:


Você está preparado para encarar essa oportunidade apresentada?
Qual a maior mudança que você está disposto a fazer?
O que te inspira a buscar essa mudança?
Porque você quer fazer essa mudança?
Qual sua disposição para a MUDANÇA?
Qual a melhor opção no momento: assumir os riscos da oportunidade de uma nova vida ou permanecer onde está?

ESCOLHA … e o peixinho vermelho optou pela mudança.

Pronunciando votos renovadores, avançou otimista pelo rego d’água, encantado com as novas paisagens, ricas de flores e sol que o defrontavam, e seguiu, embriagado de esperança…

Em breve, alcançou o grande rio e fez inúmeros conhecimentos. Encontrou peixes de muitas famílias diferentes, que com ele simpatizaram, instruindo-o quanto aos percalços da marcha e descortinando lhe o mais fácil roteiro. Embevecido, contemplou sob as margens homens e animais, embarcações e pontes, palácios e veículos, cabanas e arvoredos.

Conseguiu, desse modo, atingir o oceano, ébrio com tantas novidades e ainda mais sedento de estudos.

De início, porém, fascinado pela paixão de observar, enfrentou em vários momentos dificuldades extremas, mas nunca desanimou, e com fé e esperança, rogou proteção e as dificuldades foram sendo superadas.

O pequeno viajante, agradecido e feliz, procurou companhias simpáticas e aprendeu a evitar os perigos e tentações.

As perguntas continuavam a aparecer para o peixinho:


Qual o volume da sua gratidão com a vida?
O que falta para você ser feliz?
Qual a influência da fé e esperança nas suas escolhas?

Plenamente transformado em suas concepções do mundo, o peixinho passou a reparar as infinitas riquezas da vida.

Vivia, agora, sorridente e calmo, no Palácio de Coral que elegera, com centenas de amigos, para residência ditosa, quando, ao se referir ao seu começo laborioso… se lembrou dos antigos companheiros que ainda viviam naquele mundinho do grande lago.

O peixinho pensou, pensou… e sentindo imensa compaixão ficou a questionar:

Não seria justo regressar e anunciar-lhes a verdade?

Não seria nobre ampará-los, prestando-lhes a tempo valiosas informações?

O que você pensa sobre: 

ESCOLHA … e o peixinho vermelho não hesitou, quando optou pelo retorno para convidar os demais a mudança.

Esbelto e satisfeito como sempre, pela vida, atravessou a grade e procurou, ansiosamente, os velhos companheiros.

Todos os peixes continuavam pesados e ociosos, repimpados nos mesmos ninhos lodacentos…

Ridicularizado, procurou, então, o rei de guelras enormes e comunicou-lhe a reveladora aventura. O soberano, um ser completamente entorpecido pela mania de grandeza, reuniu o povo e permitiu que o mensageiro se explicasse.

E o peixinho vermelho fez a todos o convite à mudança, mas alertou a todos das dificuldades que enfrentariam e do sacrifício que deveria ser feito inicialmente. Para prosseguirem com sucesso, todos precisariam emagrecer abstendo-se de devorar tantas larvas e vermes nas locas escuras, precisariam aprender a trabalhar e se tornarem dispostos a estudar tanto quanto fosse necessário à venturosa jornada. Para auxiliar seus companheiros durante a proposta transição, o peixinho se propôs a ser o guia (pois já havia trilhado esse caminho) facilitando a viagem da mudança rumo a felicidade.

Qual sua disposição para enfrentar os sacrifícios da mudança? Perguntou aos seus companheiros…

Expulso a golpes de sarcasmo, o peixinho iniciou a sua viagem de retorno e instalou-se, definitivamente, no Palácio de Coral, aguardando o tempo.

Tempos depois, ouviu falar sobre pavorosa seca a se abater sobre as terras longínquas de onde saíra e pensou em seus companheiros e na oportunidade que deixaram para trás…


E você, Quem é?

O peixinho vermelho ávido de saber sempre buscando expandir os seus horizontes ou o velho rei de barbatanas satisfeito e acomodado com o que tem sem buscar novos desafios?

Dragon estava a meditar sobre uma maravilhosa lenda…realmente muitas pessoas são resistentes às mudanças que a vida traz para cada um de nós, sofrem por diversos tipos de medo de viver algo novo, o que é lamentável, pois a vida pede constantemente por mudanças, não necessariamente grandes, mas para que exercitemos nossa flexibilidade como seres humanos, pela nossa evolução como um todo.

E se vier a seca? Como anda a força que move a sua vida?


Cláudio Cordeiro 🐉

Você é o Peixinho Vermelho de toda transformação!