“Quando alguém sorrir para você com os olhos, se encante e viva intensamente esse olhar. Você sorriu… eu me encantei.” – Dragon 🐉
Amanhece… o som da noite, em seu sonho, ainda suspira saboroso. O frescor da manhã chega, despercebido, com a brisa úmida a invadir toda a Cova da Phoenix. Pássaros gorjeiam suave melodia, inundando o aconchegante ninho, despertando a exuberante Phoenix.
Esparramada pela cama, é um convite ao amor. Vestindo uma calcinha azul esverdeada, camiseta preta, deixando seu corpo de pela alva e suave, semidesnudo, a receber a brisa fresca. Dragon, observa, com os olhos ávidos de desejo, os detalhes do despertar tímido da amada.
Mansamente, Phoenix, enfrenta o raiar do dia, o brilho do sol a invadir seu ninho, embriagada de sono, esvoaça contra a gravidade matinal, senta sobre a pira, num renascer saboroso. Vislumbra, ainda sonhando, a expressão, curiosa e tranquila, desenhada nos traços fortes do desejoso Dragon. Se espreguiça com um gemido tímido de suavidade incomparável, desejosa, ameaça voar e se embrulhar gostosamente, sob as assas aconchegantes do amado Dragon. Mas… resiste oferecendo ao espelho um estonteante sorriso espontâneo e ao chuveiro um corpo encantador.
O desligar da água revela as magnificas e sensuais curvas do prazer. Gotas d’agua escorrem por seu corpo como folhas a deslizar sob a brisa refrescante. Os cabelos encaracolados, encharcados deitam, mansamente, sobre o ombro expondo toda a inusitada sensualidade momentânea. Uma sensação de inquietude, absorve o olhar do Dragon, seu pensamento mergulha nas profundezas do desejo despertando a volúpia do prazer visual. Um leve sorriso desponta em seus lábios, acompanhado pelo toque de suas mãos em si mesmo. Um olhar silencioso é direcionado a Phoenix, que percebe o volume do desejo, e mansamente se aproxima, mergulhando deliciosamente sem pressa, lentamente, quente, molhada, intenso.
Encostados no beiral da porta, entrada para o magnífico ninho, onde o amor se faz presente, breves delírios são sentidos. Os toques se misturam aos olhares entrelaçados entre beijos e sussurros ofegantes. A sensação experimentada é de ter o corpo acariciado como se estivéssemos sendo tocados por pétalas de rosas aromáticas. Uma sensação indescritível…
Phoenix morde levemente o lábio inferior pressionando-o firme ao sentir o escorregar dos lábios, os deslizes da língua percorrendo seu majestoso corpo em ebulição. Uma dança frenética no salão do prazer. Os corpos respondem a cada passo num encaixe perfeito. Ora Dragon, ora Phoenix… um bailar de movimentos harmoniosos nos deslizes e simétricos nas escorregadas mágicas da boca em saborosa cinesia.
Rapidamente, Dragon, adentra o quarto e observa seu corpo, pelo imenso espelho, se esparramar sobre o tapete. Phoenix dá dois passos em direção ao prazer, olhando fixamente, seu corpo desce suavemente sobre Dragon num encaixe esplendoroso. Vagarosamente, ela sente o amor adentrar seu corpo em movimento. Uma fragrância deliciosa invade o ambiente a cada pulsar, o prazer escorre em plenitude no balançar frenético e sensual. Os Sons emitidos, no templo do deleite, entoavam a mais bela sinfonia de desejo.
Seus corpos experimentam o início de um leve tremor. Observam-se pelo espelho. Sentem cada elevar e recuar dos corpos, numa dança de olhares em prazer, percebendo cada desejo, sabendo que pouco a pouco, o tremor aumentará e uma deliciosa e benéfica catástrofe acontecerá em breve: aberturas e explosões. Respiravam ofegantemente enquanto a magistral orquestra do amar os extasiava.
Phoenix saboreava toda volúpia do desejo de Dragon adentrando seu corpo úmido de prazer e excitação, provocando gemidos. Sentia o dedilhar em sua doce intimidade, tocando-lhe como alguém que entra num bosque pela primeira vez e começa a passear por todas as direções tentando mapear cada pedaço do desejo. Seus seios, rígidos, pareciam flutuar abraçados fortemente pelas mãos do Dragon. Seu olhar perdido sob as pálpebras refletia o despontar do momento.
Dragon, curva-se levemente abraçando-a num encaixar magnifico de seus desejos. O movimento é sutil e poderoso. Seus corpos estão unidos. Os olhares se revelam e os lábios entreabertos é um convite ao saboroso beijo. A percepção de que o tempo é o infinito do momento, e no próximo movimento, a deliciosa e favorita sensação seria degustada, sem querer que aquele sabor terminasse depois de lentamente apreciá-lo, os movimentos cessaram repentinamente. Cessaram para que a sensação daquele momento não terminasse rapidamente. Os olhos cobertos pelas pálpebras, tentavam perpetuar aquele sabor, aquela sensação prazerosa. Enganando o tempo, que pausou no saborear do amar, no afogar dos lábios e toques carinhosos.
Um leve movimento do Dragon foi suficiente para despertar o fogo interior da Phoenix, fazendo-a arder em brasa. Os movimentos se fizeram mais intensos e sensuais. Uma explosão de prazer estava acontecendo. Seus corpos tremiam. Respiração descompassada. Inteiramente entregues ao sabor do amor… explodiram em um orgasmo deliciosamente orquestrado.
Dragon acaricia com ternura o rosto da Phoenix, olhando profundamente em seus olhos, exclama: Gratidão por desnudar minhas emoções caminhando no jardim do sentimento, construindo pontes de amor sobre o vale do medo e por seduzir minha alma, na indelével sensação, infinita e mágica, de amar e ser amado na finitude do infinito tempo de amar. “I see You”… Phoenix! Beleza meiga, encanto mágico de um simples e intenso amanhecer.
Arrepia-me a pele Sussurra desejos Morde meus lábios Faz de mim seu Tira-me de mim Para me encontrar Em você.
Cláudio Cordeiro 🐉
