Cada amanhecer é uma página em branco… Simples assim! Todas as linhas conduzem o sabor do amar, onde as palavras encontram seu apogeu na exuberância do sentimento rabiscado com as tintas invisíveis do amor, pleno e intenso.
“Simples assim! A gente vai escrevendo nossos dias com nossos sonhos, nossas aventuras, nossos momentos. Colocando em cada um deles nossos sentimentos, nossas vontades, nossas decepções.. Uma vez escrito, já não dá mais para apagar…” – Dragon 🐉
2020!
Quando você chegou… trouxe junto inimagináveis vírus – de dor, decepção, angustia e sofrimento – nos afogando em lágrimas e solidão. Se machucou? Destruiu o emocional, a harmonia, a naturalidade e a simplicidade do ser inteiro, estando intenso no momento! E despertou!
Foram tantos recomeços em meio a solidão, isolamento em lágrimas e alguns risos sem razão. Inúmeros soluços, incontáveis partidas acompanhadas de sofrimento e, ainda assim permanecemos arraigados em nossos apegos e míseros desejos egoístas de prazer momentâneo.
Enquanto seus dias passavam, sentíamos a presença daquele desconforto que a luz causa quando abrimos os olhos pela manhã. Fomos saindo da escuridão, lentamente, e finalmente conseguimos ajustar a visão para enxergar quem somos e compreender que merecemos muito mais do que até então estávamos aceitando receber.
Foi o despertar…
Para a importância do respeito para comigo mesmo, de ser suficiente, e de me amar.
Da consciência dos limites, da convivência pacífica na verdade.
Do entendimento de que dizer não para algo que nos faz mal – ainda que prazeroso – é preciso.
Para a liberdade de compreender o quanto é importante os amigos, a família, as pessoas.
Do desapego e da necessidade de aprender a ser feliz sozinho.
Da resiliência e permanência na estrada do bem, na trilha da gratidão, iluminada pelo amor ao próximo.
Despertei para a vida e os valores do Espírito… e agora ninguém mais vai segurar essa força, essa luz que brota no universo do meu ser, adubada pela conquista da verdade, da cura, da paz.
Não guardo mágoas, nem rancores. No fundo, esse vírus, foi instrumento de rompimento da ilusão enganosa, da miragem construída em aparências, do despertar da consciência, um tapa de lucidez na cega confiança, me fazendo acordar para a vida, o perdão, a resiliência e a compaixão. Bendita foi a sua função e a lição que me permitiu vivenciar.
Você veio e que bom que não foi para ficar, porque o fim é o principiar de um novo recomeço, uma Benção Divina. A benção do recomeço, senão curado, no caminho da cura, que tanto almejávamos…
Agora deixo o doloroso vírus – devorador de sonhos, destruidor do equilíbrio emocional, vampiro da intimidade, proporcionador de dor e sofrimento constante – descortinado e incompreendido, na escuridão de si mesmo.
Caminho rumo a novos horizontes! Disposto a passear pela estrada encantada da emoção harmoniosa, do equilíbrio, da energia pacifica no amor que jorra abundantemente de m’alma. Porque agora, me conheço ainda mais, enxergo mais claramente os meus valores e propósitos, minhas crenças, e o que o verdadeiro amor deve realizar.
2021!
Chega na “varanda” da vida, ainda com resquícios da ignorância, do egoísmo nas atitudes percebidas, despertando o amor próprio, descortinando a capacidade de superação existente na alma, a importância da vivência dos valores reais, proporcionando um inefável mergulho naquilo que verdadeiramente sou e mereço.
Aporta na “sala” da alma, iluminando a mente, o coração e me permitindo compreender que esconder a verdade sempre parece ser a opção mais fácil… apenas parece, mas nem sempre é.
Adentra no “quarto” da consciência, ascendendo a chama da intuição, clareando a floresta negra da manipulação. E, no olhar cauteloso dos momentos, enxerga nos detalhes a verdade, percebendo que os cegos não são aqueles que não veem… mas aqueles que caminham na escuridão de si mesmo.
Acordei! Viajei no infinito tempo, saindo do pesadelo da ilusão, para acordar e renascer na mágica caverna dos sonhos, embalado na brisa esperançosa da cura amorosa. Voando do poente e adoecido – 2020 – para o nascente e promissor – 2021 – encontrei no inabalável amor e seus fiéis escudeiros – compreensão, entendimento, paz, sabedoria, discernimento, respeito, reciprocidade, verdade, integridade, companheirismo, leveza – construtores de valores íntimos verdadeiros e curativos. E, nada se compara a força de quem acordou para o próprio valor e vislumbrou a luz em meio a escuridão.
“Eu preciso me encontrar para não te perder!” – Dragon
O Dragon e a Phoenix estão aprendendo a sair do litoral, adentrando de corpo e alma o mar imenso do relacionamento e intenso da convivência intima do amor. O diálogo se faz necessário e oportuno.
Amado Dragon! 🐉 Para que um relacionamento faça sentido, ele deve florescer, e não pode custar a paz de ninguém. O sentimento deve ser quentinho, e precisa trazer sorrisos bobos em forma de devaneios…
Adorável Phoenix 🔥, o relacionamento é uma infinita dança suave no eterno palco chamado tempo, para apresentação do Eu, no florescer da intimidade dos sorrisos em devaneios, nas conversas que aquecem o sentimento, na privacidade dos momentos íntimos a reflorestar o coração desmatado. E, seu sentido, se faz presente na escolha pelo caminhar em paz na estrada do amor, da verdade, do respeito, da vulnerabilidade, sem magoa, sem medos, sem ressentimento, como vento que penetra em nossos cabelos e dá forma a um bonito esvoaçar.
🔥 Todos merecemos encontrar um amor que verdadeiramente complete a nossa inteireza e nos traga paz interior. Doçura… Carinho… Ternura… Paixão… E um tesão de querer ficar…
🐉 Cabe somente a nós, e a mais ninguém, a decisão de encontrarmos o amor, e caminharmos verdadeiramente com ele na estrada da vida, e assim complementar na inteireza da alma a conquista da paz interior. Ser intensos no sentimento de doçura, carinho, ternura, paixão, que nos faça permanecer no jardim do querer. Nós estamos sempre no comando do jardim a ser explorado e das flores que serão cultivadas.
🔥 Quando o amor não é capaz de trazer serenidade e paz, não te faz se sentir nas alturas, não te coloca num pedestal e não te faz sentir amada, ele não vale a pena.
🐉 O amor! O amor é sempre capaz de trazer serenidade e paz, quando nos encontramos na serenidade e na paz de um relacionamento verdadeiro, inteiro, integro, intenso com o companheiro. O amor é livre, não segue liturgias nem manuais de boa conduta, e jamais, jamais pode ser capturado e colocado em um pedestal – assim como os raios solares, que podem no máximo aquecer nossa mão. O amor é doado com gosto e gratidão. O amor é sentido como a brisa que sopra e refresca o sentimento, a saudade. O amor é gentil, carinhoso, sensível e protetor. O amor é a aventura de conhecer a si mesmo e o seu parceiro a cada dia, escalando o topo de mãos dadas, criando pedestais e reinventando a relação a cada momento.
A cumplicidade, a reciprocidade no cotidiano é um sintoma do sentimento vivenciado na brisa do amor. Brisa que proporciona a incrível sensação de sermos amados verdadeiramente.
O amor vale a pena e não se preocupa com os grandes gestos, percebendo que o simples é o mais valioso. E, que não é possível amar com garantias, seguros de perdas. O risco de se amar é o risco de se viver verdadeiramente um único amor: eis a essência do relacionamento, do existir, do viver. Viver o amor único e amar na existência do amor.
🔥 É preciso permanecer ao lado de uma criatura mística que consiga te fazer feliz e que este ser se sinta feliz com a sua maneira de amar e demonstrar amor. A longo prazo!
🐉 Alcançar um equilíbrio individual e ser feliz sozinho é a única maneira de poder ser feliz acompanhado. Não devemos buscar um companheiro que nos complete, e sim alguém que nos complemente. O amor é uma estrada de mão dupla! O amor é reciprocidade, onde o esforço, o cuidado, os interesses partem dos dois lados, onde o verbo amar é conjugado em nós, a vida construída conjuntamente e não apenas na perspectiva do eu.
Não é necessário pedir, implorar e nem rastejar para que alguém permaneça em nossa vida, sempre merecemos alguém que fique sem precisarmos pedir…. Merecemos alguém que nos ame e seja feliz por este simples ato. Que seja amada e sinta a felicidade no percurso do relacionamento. Então, não dá para morar sozinho numa história de amor porque isso é solitário demais.
“A felicidade vem da atenção às pequenas coisas, e a infelicidade, da negligência pelas pequenas coisas.” Liu-Hiang
Há pessoas que priorizam a si mesmas, que buscam interesses próprios e que nem sempre praticam a sinceridade ou a autenticidade. E isso, sem dúvida, dói e nos causa efeitos secundários devastadores. As relações infelizes nem sempre se baseiam no fato de que um dos dois oferece uma “falsa companhia” ou demonstra ter atitudes egoístas ou limitantes. Há quem “não saiba amar”, há quem não entenda o que é compartilhar, o que é atender às necessidades do parceiro, e o que é cuidar dos detalhes de um compromisso que deve ser incentivado a cada dia e nos pequenos momentos. Ás vezes no relacionamos com pessoas que mesmo nos amando, só conseguem oferecer vazios, infelicidade e, com isso, solidão. Tudo isso nos faz perceber a insegurança, o medo e que estamos caminhando ao sabor do vento e consequentemente nos sentimos infelizes, inseguros.
Simples assim! O amor é como o vento, como um cavalo selvagem, não temos como domá-lo, é apenas a sua essência…
E pode ter a certeza de que, em toda viagem pelo caminho do relacionamento, ele vai soprá-lo para fora do curso. É só uma questão de tempo, na verdade. Em algum momento, todos vamos perder a direção. E quando perdermos a direção sentimos medo, insegurança e infelicidade, precisamos da presença do amor e apenas acreditar que encontraremos o caminho de novo.
O amor resiste ao tempo (curto, médio ou longo), à distância, às doenças, à dificuldade financeira, à falta de conforto, mas jamais sobreviverá à falta da verdade. É assim com tudo na vida. O amor não precisa de contrato… mas integridade e reciprocidade.
Bem… assim! Sejamos nós mesmos e verdadeiros sempre. A felicidade não está nas coisas, está nas sensações fundamentais inscritas nos gestos mais simples. A felicidade não é o fim, é o caminho ou jornada. A felicidade não é um momento, é sempre uma escolha exercida a cada bater de asa. A felicidade não depende do outro, ela nos dá a possibilidade de não atribuir a ninguém (terceiros) o resultado de ser feliz ou infeliz. A escolha é exclusiva de cada um. Se estiver esperando algo acontecer no futuro para ser feliz, quando chegar lá a felicidade terá mudado de lugar. A busca nunca terá fim. Então! Faça sua escolha. Eu fiz a minha… ser feliz no esvoaçar com a Phoenix.
🔥 É preciso saber transformar os momentos difíceis em grandes oportunidades de apoio e de crescimento, e não em uma arena de gladiadores.
🐉 É especialmente interessante o fato de que muitos pensam que é necessário lutar para conseguir amor e, o que é ainda mais incrível, acreditam e lutam arduamente para manter o amor. Lutar é doloroso! Amar não é, ou pelo menos não deveria ser.
“Amável Dragon. Concordo. Amar não é doloroso, pois amar é perceber, sentir aquilo que está além do tempo, é viver uma vida inteira em apenas um momento.”
Penso, Phoenix, que são as condições que impomos ás formas de amar e sermos amados que faz do amor um espetáculo de luta na arena do relacionamento. Simples assim: é o que nós fazemos. Lutamos tanto que passamos a acreditar que o amor machuca, dói. Então, criamos a crença de que quanto mais amamos, mais doloroso será. E, para evitar a dor, pensamos que temos que lutar para não nos machucarmos no amor.
“O amor é um desafio constante; não é um lugar de repouso, mas é mover-se, crescer, trabalhar em conjunto; em harmonia ou conflito, alegria ou tristeza, isso é secundário em relação ao fato fundamental de que duas pessoas se experimentam mutuamente a partir da essência de sua existência, que são uma com a outra por serem uma consigo mesmas, em vez de fugir de si mesmas. Só há uma prova da presença do amor: a profundidade da relação e a vivacidade e o vigor em cada pessoa envolvida; este é o fruto pelo qual o amor é reconhecido.” – Erich Fromm
Dragon fita o infinito e conclui seu pensamento. Isso não faz nenhum sentido. Porque o amor é livre, gentil, carinhoso, sensível e protetor. O amor é a essência do íntimo, luz intensa que atravessa inteiramente os muros do medo, indiferença, adentrando por entre olhares, beijos, abraços instalando-se intensamente dentro de nós, sem avisar, sem ser visto, apenas sentido. Nosso íntimo é assim mesmo, depende de atitudes, daquilo que sentimos, do que nos faz enxergar para muito além dos olhos. O que nos toca fundo não é manipulado com os dedos, mas com o envolvimento afetivo que paira além das aparências.
O importante é não deixar acumular ou achar que simplesmente vai aliviar com o passar dos dias. O tempo até tem um papel importante, mas não resolve tudo. Tentar mostrar que tudo sempre está bem requer muita energia, o desgaste emocional é intenso. Não dá pra engolir tudo e simplesmente dizer amém! Eu sei. E como sei. Também não é preciso cometer sincericídios por aí e sair dizendo as coisas entaladas na sua garganta. Mas dá para se expressar.
Bem assim! Tem hora que o sentimento pede pra ser dito, entendido, descodificado, traduzido. Tudo que ele quer é ser exorcizado pela palavra, pelo olhar, pelo toque, pelo abraço… Expressar tranquiliza a dor. Dor não é para sentir eternamente. Dor é vírgula no texto da vida.
“…E se os ventos mudarem, e a tempestade chegar, não tem problema. Eu pego um cata-vento e vou brincar na chuva. O sol sempre há de voltar e as coisas sempre tendem a melhorar. Não há tempestade que dure pra sempre, nem dor alguma que acabe com a felicidade da gente.” Daniel Cajueiro
🔥 Chega de tortura, chega de cansaço, e chega de desperdício de energia vital. A vida é muito curta, e precisamos cultivar, ao invés de destruir. É preciso florescer para o mundo. É preciso reflorestar corações desmatados.
🐉 A vida é muito curta para vivermos permanentemente frustrados. Por isso, e se de verdade desejamos ser felizes, precisamos ser capazes de tomar decisões, de saber no que e em quem desejamos investir o nosso próprio tempo. Decida!!!
A vida, como vento, segue uma estrada própria e cabe a nós descobrirmos como caminhar – sem tortura, cansaço, e desperdício de vida – em uma direção que favoreça o suave esvoaçar dos cabelos, dando a verdadeira sensação de florescer, reflorestar, de certeza e continuidade…
Há caminhos que nos são impostos pelo vento e, na nossa maleabilidade, conseguimos nos adaptar e continuar na estrada. Mas naquilo que só cabe a nós, é de nossa vontade virar a cabeça mudar a direção e nos guiar rumo ao que desejamos.
No fim, a vida pode ser suave na conjunção do esvoaçar gostoso do vento e a deliciosa sensação de ter liberdade para escolher, basta que saibamos enxergar como promover essa dança, essa suave dança, que envolve a nossa existência e nossos desejos.
De modo que nós escolhemos se queremos viver sendo o protagonista da nossa vida ou observá-la como um espectador. A primeira opção vai nos aproximar do amor, da vida, a segunda do papel de vítimas. Depende de nós. Todas e cada uma das nossas decisões deixam marcas que vão construindo o caminho. Não é possível viver o detalhe do amor e seus momentos rasamente, se é para sentir, tem que ser na profundidade do próprio sentimento e da presença que cultiva e aduba o relacionamento.
Bem assim! O raso, o pouco dá preguiça, mas o profundo, intenso, inteiro fascina. Acredito na demonstração de afeto, de amor com reciprocidade. Não adianta só um lado demonstrar que se importa. Aceitar isso seria falta de amor-próprio. O amor deve partir de nós mesmos.
E, quando aprendermos a amar intensamente e inteiramente na profundidade do próprio sentimento, sem medo do amor, não amaremos alguém pela metade, permaneceremos inteiros na relação. E, assim estaremos florescendo para o mundo no jardim secreto do coração reflorestado.
🔥 Cada minuto conta!
🐉 Hoje é um dia perfeito para começar… Todos os dias temos a oportunidade de começar o novo…
“A música precisa de um vazio chamado silêncio para ser ouvida. Um poema precisa do vazio da folha de papel em branco para ser escrito. É no vazio da jarra que se colocam flores.” – Rubem Alves
…e nós encontramos no vazio de um silencioso momento desejado o caminho perdido de nós mesmo.
Flores e espinhos são belezas que crescem juntas, não queira uma só, elas não sabem viver só… Se existe alguma certeza em meio a tantas coisas incertas é que somos seres capazes de nos reinventarmos constantemente.
“Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir e chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir” – Cora Coralina
Não esqueça que ter amor próprio envolve ir embora
“As coisas não mudam, se nós não mudamos.” – Henry David Thoreau
Em alguns momentos nos esforçamos para permanecer, ainda que isso não seja o melhor a fazer. Há ocasiões em que ficar é ir longe demais. Por isso dizemos que fechar algumas portas é necessário quando se tem amor próprio. Ir embora de alguns lugares é cuidar de si. Afastar-se de algumas pessoas também é se proteger.
Não são frases feitas, mas sim a realidade que em algum momento da vida todo mundo vai enfrentar, e algumas vezes a realidade pode ser bastante dolorosa. Assim, ir embora e fechar as portas de nossa vida a alguém que não nos acrescenta nada de bom é positivo e saudável para nós. Com amor próprio conseguimos ver isso.
E um dia, sem que você esperasse, me fui. Sem despedida, sem aviso prévio. Porque às vezes ficar é ir longe demais. – A luz de Candela
Ir embora e encerrar círculos viciosos
Diz-se que temos que evitar cair em três acidentes geométricos: círculos viciosos, triângulos amorosos ementesquadradas. Esta máxima pode ser muito útil na hora de cuidar da nossa saúde emocional.
Quando decidimos caminhar, pode ser que tenhamos que ir contra nossos desejos. Daríamos qualquer coisa para ter motivos para manter as portas abertas mas, algumas vezes, não há outro remédio que não seja colocar um ponto final onde até então vínhamos deixando apenas vírgulas.
A questão é frear uma dor que pode ser evitada. Falamos de um relacionamento amoroso, de uma amizade ou de qualquer outro tipo de relação. Às vezes é preciso colocar fim na desilusão e no desencanto porque não há mais o que fazer.
Como em outras ocasiões, faremos uso aqui de um texto magnífico; e nesse caso é uma passagem de um romance do escritor Paulo Coelho que nos ajuda a valorizar a importância de ter amor próprio, saber encerrar etapas e deixar ir.
Sempre é preciso saber quando uma etapa de nossa vida acabou. Se insiste em permanecer nela mais tempo do que é necessário, perde a alegria e o sentido de todo o resto. Temos sempre que fechar círculos, ou fechar portas, ou terminar capítulos, como quiser chamar.
O importante é pode fechá-los, e deixar ir momentos da vida que acabam nos prendendo.
Não podemos estar no presente ansiando pelo passado. Nem mesmo nos perguntando o porquê. O que aconteceu já aconteceu e devemos deixar ir, devemos nos desprender. Não podemos ser crianças eternas, nem adolescentes tardios, nem empregados de empresas inexistentes, nem ter vínculos com quem não quer estar vinculado a nós.
Tudo passa e temos que deixar ir!
Mudar de pele, dizer adeus com a mão no peito
De tempos em tempos as serpentes mudam de pele. Para desfazer-se da pele velha, uma serpente escolhe transitar por duas pedras tão próximas que apertem seu corpo, raspando e ajudando a eliminar essa capa que já não quer mais. Mesmo sendo natural, essa transição não é agradável, e de fato provoca até dor, mas essa ação ajuda a cobra a se desprender do que já está desgastado, dando lugar ao novo.
Podemos extrapolar isso para a realidade em que nos encontramos quando chega a hora de dizer adeus. Esse processo final supõe um novo começo e, ainda que nos dê muita angústia, nos oferece um espaço para renascer.
Essa tomada de consciência e esse passo nos ajuda a crescer e amadurecer, a conhecer mais sobre como construir relações saudáveis e significativas com as pessoas e com nosso círculo social. É inevitável o sofrimento quando chega a hora de fechar algumas portas, mas fazer isso é sinônimo de ter amor próprio.
Ao fim, é uma questão de visualizar nossa vida de maneira diferente, de sermos valentes e de mudar o que conhecemos. Porque no final o que conta é só isso, saber crescer, nos permitir um pouco de instabilidade e nos adequar às necessidades que surgem.
Uma vez que tenha feito isso, não pense mais no que foi perdido, e sim em tudo que pode ganhar.