“O amor é o espaço e o tempo medidos pelo coração.” – Marcel Proust

A arte de amar nem sempre é simples… às vezes falta colorido, sobra distância, os traços são fortes ou fracos demais, o pincel se desgasta e em outros momentos a tela parece grande e infinita dando a sensação de que nunca se tornará um belo e encantador quadro.
Não há como medir
A distância do momento.
Tão longe ficamos… e,
Não chegamos!
Nem fomos!
Há um lugar comum
Um vazio… restou
Uma saudade ficou.
Quero ouvir
Tuas histórias
Ainda não contadas
Então! Demoras
Um pouco mais…
Ocupa meu olhar
Com a tua imagem
Meu desejo
Com tua sensualidade
Minha boca
Com teu beijo.
Acabam-se as tintas,
Desbotam as cores
Da poesia a ser escrita
No livro da vida.
Não adie o que
O tempo roubou
O medo enterrou.
Seja meu verso perfeito
No risco do meu poema
Seja flor temporã
No outono que perdura.
Seja manhã clara
Entardecer na varanda
Seja o amor guardado
Pela eternidade de uma vida
Pelo tempo infinito de um beijo…
Então fica! Então fico!
Simples assim!
No entanto quando a tinta usada é a tinta “invisível do amor”… todas as distâncias, incertezas e tristezas, se diluem no espaço de uma pincelada, e surpreendentemente, surge acabada e radiante a obra mais bela pintada pelo amor e pela esperança.
Cláudio Cordeiro 🐉

Seja a Presença no Momento da Distância!