“Nada é pequeno no amor. Aqueles que esperam as grandes oportunidades para demonstrar a sua ternura não sabem amar.”
Laure Conan
![velhinhos-longevidade[1]](https://thedragoncoach.files.wordpress.com/2016/06/velhinhos-longevidade1.jpg)
Aquele simpático casal de olhos vivos e mente lúcida, acostumados a fortes emoções, acordou naquela manhã, com uma sensação nunca antes sentida. Afinal de contas estavam completando setenta anos de união. Ora, ora não são sete dias… são aproximadamente 25.700 dias caminhando na mesma estrada chamada casamento.
Haviam envelhecido juntos. Um cuidando do outro. Construíram uma história de vida. Inúmeras lembranças se somavam em suas mentes.
Os momentos de descoberta e encantamento dos primeiros momentos do namoro – na escola, na igreja, na varanda, as serenatas – o pedido de casamento incomum, os momentos de luta e construção dos primeiros anos de vida a dois, a felicidade com a chegada do primeiro filho, as dificuldades com o crescer da família, as dores com perdas irreparáveis (oh! Filha… oh! Filho…) – “… e o coração chora embora os lábios estejam a sorrir…” – os acertos e desacertos, os netos, bisnetos e quiçá tataranetos.
E ali sentados à mesa para o café, eles se entreolhavam apaixonadamente. De mãos dadas podiam sentir e compartilhar os mesmos pensamentos sem uma única palavra. Os pensamentos fluíam de forma tão intensa e natural pela mente daquele “jovem-velho casal” que tudo parecia ter começado ontem.
E antes que eles iniciassem o café a dois como faziam a setenta anos, ele sussurrou, bem fora do contexto de toda história, mas com uma significativa emoção: “…está no peito aqui oh! Não é aliança. É essa beleza aqui… que está aqui (batendo do lado esquerdo do peito). Ela olhou profundamente em seus olhos e como a escutar-lhe a alma falando no amor, sorriu gostosamente e….
Ela serviu-lhe a xícara de café, tomou a fatia de pão, retirou o miolo e passou a manteiga na casca do pão. Quando ia colocar o miolo de pão no prato dele e a casca no seu prato, pensou:
Durante cinquenta anos, todas as manhãs, dei a ele o miolo do pão, e fiquei com a parte mais gostosa, a casca recheada de manteiga. Mas hoje eu vou fazer diferente. Vou comer a parte mais macia e servir a ele a mais gostosa - a casca recheada de manteiga. Vou fazer diferente.
Então, depois de setenta anos comendo a casca do pão, fez diferente naquela manhã tão especial e estendeu para o marido a casca do pão ficando com a parte mais macia. Ele a apanhou, sorriu e falou com entusiasmo:
Obrigado por este presente. Durante todos esses anos, sempre quis comer a casca do pão. No entanto, como você gostava tanto, eu nunca tive coragem de pedir a você.
Terminado o café, o diálogo continuou por alguns minutos como nas últimas 25.700 manhãs.
Redação de Cláudio Cordeiro com base no texto Amor em silêncio, de autoria ignorada
Vida! O que é a vida? Ah!!! a vida é um constante diálogo de amor.
Amor! E o amor o que é? Ah!!! o amor é um constante no dialogo da vida a dois.
O amor é o único sentimento que não necessita de motivos ou razões para entrar na vida e se fazer sentir. O amor é parte que nos faz renunciar, entender, compreender e viver lado a lado por uma vida inteira.
O amor é sempre amor. Ele é um sentimento livre que nos invade, nos faz tremer por dentro e nos causa um calafrio, quase que incontrolável. Não tem jeito, o amor chega sem pedir e por muitas vezes, vem para ficar. E se esparrama, como se ele tivesse obrigação de tomar conta do nosso corpo e de todos os nossos sentidos. Ele é esse sentimento que nos faz renunciar a melhor parte e ficar com a mais macia…
Quando o amor se alia ao dialogo para a grande caminhada na estrada da vida adivinha o que acontece? Bodas de vinho… é essa beleza aqui… que está aqui (batendo do lado esquerdo do peito) são 70 anos de muitas histórias, vivências e amor verdadeiro.
Cláudio Cordeiro 🐉

E você já convidou o diálogo para companheiro de viagem, do amor, na estrada da vida a dois?