Reflexão: Combustível do Relacionamento

“Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?”

Fernando Pessoa


Amanhece. A doce Phoenix perpassa o ambiente e o perfume do amor exala de seu olhar apaixonado. Dragon, olhando por cima dos ombros, visualiza seu delicioso sorriso. Envolvendo-a em seu abraço, um beijo suave em seus lábios recebe, deseja-lhe bom dia.

Observando-a em sua singela preguiça matinal, inicia um diálogo.

— O amor é o grande agente transformador da vida. Tão necessário à alma e aos relacionamentos quanto o corpo necessita do oxigênio. Tesouro imperecível que quanto mais dividimos mais multiplicamos as possibilidades de alegria e felicidade.

Fale mais Dragon, exclama a Phoenix….

— Muitos relacionamentos por surgirem fundamentados em uma relação de troca, de possessividade, de comércio pernicioso, seja pela questão financeira, pelas questões familiares ou por questões emocionais, já nascem fadados ao fracasso. Esses relacionamentos estão sempre gerando a exigência da retribuição promovendo ansiedade e angustia. Nesse contexto o amor deixa de ser espontâneo e passa a ser ocasional, interesseiro, gerador de culpa, dor e dependência.

— Esses dependentes em sua maioria são pessoas ansiosas, irrealizadas, vazias e atormentadas por paixões desenfreadas que se apegam a um amor doentio, transferindo para outrem, todos os seus conflitos na busca de uma segurança que não encontraram. Essa relação fica então no “fio da navalha”, nesse jogo de interesse onde os casais supõem que se amam, mas na realidade estão apenas se protegendo da solidão, acomodados na dependência emocional que criaram, esperando apenas o tempo… da ilusão ser desfeita.

— O amor liberta, rompe os laços das ilusões e das emoções, promove o bem-estar e não gera dependência.

— O amor é a base de sustentação e o principal ingrediente na construção de um relacionamento sólido e duradouro.

— Assim devemos gerar o hábito de amar sem negociar, sem desejo de troca, sem transferência de conflitos ou cobranças e principalmente sem interesses que não seja os de construir e crescer.

— Nenhum relacionamento sobrevive sem este combustível.

Phoenix estende um olhar carinhoso ao Dragon e o surpreende com uma pergunta:

— Quanto desse combustível você tem colocado em nosso relacionamento?

Dragon após um breve silêncio, conclui:

— O amor é espontâneo e pode ser percebido, sentido, no aroma de um sorriso ao amanhecer.

— Amar por amar. Essa conduta nos permite conhecer e compreender o companheiro e transformar a convivência num farol que ilumina a estrada do relacionamento.

— Quanto a sua pergunta… A estrada do relacionamento permanece iluminada quando o farol é abastecido ora por um, ora por outro. É preciso existir sintonia, harmonia e equilíbrio no uso deste combustível. Relacionamento se faz na reciprocidade do intangível combustível chamado amor.

Sorrindo Phoenix convida Dragon a tomar o café da manhã… 🐉💙🔥


Phoenix! Como não amar? 

Se em cada nascer do sol
Sinto o prazer no sorriso
Se em cada esconder da lua
Sinto o desejo no beijo
Se em cada momento
Sinto o encanto na presença
Se em cada café da manhã
Sinto o deleite no sabor
Se em cada respirar
Sinto o aroma do amor
Se em cada conversa
Sinto a leveza da voz

Phoenix! Como não te amar? 

A cada amanhecer
A cada anoitecer 
A cada momento
A cada café da manhã
A cada respirar
A cada conversa
Se permanece estonteante
No silêncio ausente de meus pensamentos.

Como não amar a Phoenix? Impossível!



Cláudio Cordeiro

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